domingo, 28 de fevereiro de 2010











À procura de algo!

Algo sem saber,
Sem saber o que é,
Sem saber o que querer.


Algo que afogue
Este múltiplo desastre mundial,
Que devolva algo sentimental
Àquilo que acaba por nunca existir


Até que faça cair
Aquele que sobrecarrega esta inexistência,
Enquanto pensa.


Pensamento, ao qual foge
Porque pode,
Sem saber o que querer!




by: Araujo

sábado, 20 de fevereiro de 2010

À descoberta

    "A minha família era rica, eu tinha tudo o que queria, todos os bens, todos os materiais. Só isso chegava e interessava, não queria mais nada a não ser tudo o que pedia, por rapariga mimada e pela visão egocêntrica que me pertencia.

    O meu pai tentava acariciar-me e dar-me algo de maior valor sentimental, mas eu não queria, a mim não me interessava nada disso a não ser a riqueza e o luxo de vida que tinha.
    Há dois anos o meu pai faleceu, aquele que me queria ensinar a comportar-me sem materiais que não eram essenciais. Fiquei com a minha mãe, vivíamos juntas na mesma casa, ela começou a deixar-se levar mais pela luxúria que continuávamos a ter e ainda mais pela herança que ficou. Mais do que eu, começou a “esbanjar” o dinheiro em álcool. Mesmo atacada pelo luxo que vivia com o meu pai (ao contrario de mim) dava valor ao amor que ele lhe dera todos os momentos passados juntos, deixando-se cair na mágoa, tristeza e sofrimento pela falta que o meu pai lhe fazia. Para ela a solução passou a ser beber, até se tornar na doença de não a deixar viver.
    Eu e o meu egocentrismo, não queria ligar, até ao dia que me começou a faltar. A faltar aquilo que para mim era o essencial, o dinheiro, o amor perdido de maior parte da humanidade, aquilo que precisava para puder comprar e puder ter tudo aquilo em que me queria “banhar”, mas que agora a minha mãe tratava de gastar. No dia que pela primeira vez senti realmente que precisara de uma única “atençãozinha” que fosse e que talvez ela, minha Mãe, fosse a única nesta hora que me pudesse dar, por meu pai também já não estar, ERA TARDE! Agora trocam-se os papeis e o egocentrismo do humano passa a ser dela e o vicio que a completara, acabando por se ficar e cair no falecimento que a acabava de embebedar pelo seu sofrimento.
    Família e amigos, nem os ver!
    Acabada a viver sozinha sem saber o que fazer, por não ter querido querer. O dinheiro a apertar e todos os meus bens a escapar, tudo aquilo que me completava era-me agora retirado, deixando também a casa levar e começando a garrafa a agarrar. Agarrando-a na forma de sofrimento e culpa pelo meu embebedar de EU, EU e só EU, apenas queria e tinha de ser só EU.
    CHEGADA À RUA: mais que a rua, a solidão, o desamparo sem a mão daqueles que me a quiseram dar.
    Há três dias que me afogo nas ruas sem fim. As pessoas passam, o barulho dos carros a rodar e minha mente a querer acordar
    Roubar para beber
    Pedir para “comer”
    Pintar para me tentar satisfazer, acabando sempre por me derreter.
     O olhar das pessoas com desdém com pena de quem não tem. Quem não tem o amor e protecção de alguém! Sim, agora sim até o meu olhar assustador, sofredor e aterrorizado de tanta revolta de um passado mal passado dava para sentir o paladar seco, sabendo a tabaco encontrado e álcool respigado que formam agora o meu hobbie de rotina transformado. A sede era saciada por aquilo a que me dedicava, a fome era tapada se arranjava, se não... dormia para que não sentisse nada. “Nada” era agora a minha pessoa, agora, mas vinda de há já muito atrás quando caia no pensamento de não dar importância a quem era capaz de me continuar a agradar pelo amor sentido que sempre me queria dar. Vestida ainda com roupas que mantenho e outras que fui encontrando, pois por mais manias que tenha agora, já não é o mesmo, agora é verdade, “É a Vida!”, dura e sofredora por onde já devia ter aprendido a passar para que em qualquer situação não me fizesse cair neste caminho sem solução. Cheiro insuportável mas já habituado, rosto deslavado, pele seca, cabelo oleoso escorrendo pela mágoa que me havia agora ter enfiado."




    Continua…

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Mr. Dream















Agarramos
Pensando a fundo

Imaginario do ser, estar e acontecer
Realizar passa a sinónimo de obter

É no fundo uma questão de o ser
Fazer com a alma e mais valia
De que me possa acontecer

Gosto disto não é uma questão de querer
Mas sim lutar para que possa valer!



by: Araujo

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Partilha!













"Tentativa de originalidade, falhada!"


by:Nuxo

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

O verdadeiro sabe sempre bem!

by: Araujo

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Do meu Queração!

"Meu Amoire...

Ana Cristina Mardalena Antonieta, há três dias que embarquei, para loinge de tie, mas o meu queração cointinua cheio de amoire por tie. Na sei se já te disse mas tu és como os rabuçadinhes de mintol que alibiam a minha toisse, a floir de jardim, crabos e jasmim, que lança esse tê cheiro marabilhoso à minha ailma, enchendo-me e fazendo-me ardier neste caloir sem fim.
Oh! Riquieza da minha Primabera, soil do meu Berão que iluminas sem me fazel algum escaldãoe, folha do mieu Oitono que me cai nos braçozz sem me dar algum transtoino, floco de nebe do meu Imberno que me delicia, pois na existe tã grande beleza que me deixe cair no Infierno.
Oh! Sentido da minha bida, despieço-me aqui até aos dias de me chegair a tie e rebentair com este bulcão "furbelhoso" que me apierta desde o dia que sai de ao pué de ti.

Beijo deste meu amoire por ti!

Bernardino Calvino"



by: Araujo

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Estou a ver !
























Um avião
Um sapo
Um despenhar
Um cores
Um PUFF


by: Saloia
Traduzido: Araujo

The chocolate petrificated girl changes


She is sad because these guys are mocking her about her race. So she decided to make a plastic to change her skin color. After that, she started feeling bad because she thought she wasn't the same girl. She went to the garden to meet her new petrificated friends.
Then she started to communicate in a telepathic way with them and she found out that she was not the only one who had change the skin color because of racism.
Now, she lives happy in this beautiful garden, with her beautiful petrificated friends!


by: Do Lago & Pimpsi


















Espelho meu, espelho meu !
Não és tão bela quanto eu !


by: Araujo

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Clowns P'ra menina e P'ro menino























"Quando uma lágrima cair lembra-te que ELES existem!"

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Lágrima de Preta











Encontrei uma preta

que estava a chorar,
pedi-lhe uma lágrima
para a analisar.


Recolhi a lágrima
com todo o cuidado
num tubo de ensaio
bem esterlizado.


Olhei-a de um lado,
do outro e de frente:
tinha um ar de gota
muito transparente.


Mandei vir os ácidos,
as bases e os sais,
as drogas usadas
em casos que tais.


Ensaiei a frio,
experimentei ao lume,
de todas as vezes
deu-me o que é costume:
nem sinais de negro,
nem vestígios de ódio,
Água (quase tudo)
e cloreto de sódio


Máquina de Fogo (1961)

Enganos por não querer,
por não ver
por não falar
por não ouvir

Falsificado está
aquilo que vejo
que falo
que oiço
que queria um dia querer


by: Araujo

Brincarldeiras